No último 04 de março, o Projeto
Coral Vivo, Unidade Arraial d’Ajuda, finalizou mais uma de suas tão importantes
Campanhas de Monitoramento de corais, após uma sequência de visitas à Reserva
Marinha de Recife de Fora, num período de cinco dias ininterruptos.
Os recifes de coral constituem-se em
importantes ecossistemas, altamente diversificados, no nível local, regional e
principalmente no global. Por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas
e animais são considerados como o mais diverso habitat marinho do mundo, e por
isso mesmo, possuem grande importância econômica, pois representam a fonte de
alimento e renda para muitas comunidades. Uma em cada quatro espécies marinhas
vive nos recifes, incluindo 65% dos peixes.
O Projeto Coral Vivo, (Arraial
d’Ajuda), mostra a cada dia o seu intenso grau de envolvimento no cenário
regional e nacional, comprometido com normas nacionais e internacionais, em
prol de pesquisas do ecossistema marinho, trazendo informações relevantes para
que a sociedade global seja informada das reais alterações da fauna e flora
marinha. É responsável por todas as informações da Costa do Descobrimento,
abrangendo a área desde Santa Cruz de Cabrália até a Reserva do Corumbau.
O Programa de Monitoramento do
Projeto Coral Vivo, desde 2007, obedecendo o Cronograma de busca de informações
do Reef Check Internacional, verifica a saúde dos corais, levanta se houve
aumento ou diminuição das espécies de peixes da região, garantindo assim um
grande volume de informação para todos os Organismos Nacionais e
Internacionais, assim como à industria pesqueira. Traz também um levantamento
sobre os invertebrados, todos os tipos de impacto ou quaisquer danos aos corais
como marcas de âncoras, lixos e principalmente o seu branqueamento.
Para formar um Banco de Dados
unificado em âmbito global a respeito desse tema, foi criado em 1997 a Rede
Global de Monitoramento de Recifes de Coral. No Brasil, o início do Programa
Nacional de Monitoramento iniciou-se em 2002, com a tese de protocolo Reef
Check e suas adaptações.
O Protocolo Reef Check visa a rapidez
e integração das informações, é mais simples e barato; estimula a participação
de voluntários, devidamente treinados e guiados por uma equipe científica; é
amplamente utilizado em mais de 80 países; fornece informações básicas acerca
da saúde dos ecossistemas recifais; é ideal para monitoramento em grandes escalas
geográficas, como no caso de toda costa brasileira.
O monitoramento é um meio de
acompanhar as condições dos ecossistemas recifais ao longo do tempo,
relacionando essas condições com as ações humanas, trazendo as seguintes
questões: *Como está a saúde dos recifes de coral? *Quais são as ameaças aos
recifes e outros organismos? *As populações de peixes estão se recuperando em
áreas protegidas? *As ações de manejo estão sendo bem sucedidas? *Qual efeito
do turismo nos recifes de coral? *Impactos relacionados a variações climáticas
globais podem ser detectados?
Em uma das incursões à Reserva
Marinha, O Jornal Publi Cidade se fez presente através de seu Editor Ronaldo
Ribeiro, sob o convite de Flávia Guebert, Oceanógrafa e Coordenadora geral do
Projeto Coral Vivo. Faziam parte também da equipe de pesquisadores Fábio Negrão
– Coordenador Regional do Reef Check Brasil; Leandro Santos – Biólogo do
Projeto Coral Vivo; Isabella Guilhem – Bióloga, da Diretoria de Oceanografia e
Gerenciamento Costeiro da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; e Raimundo
Madrado e Bit, técnicos de apoio do Projeto Coral Vivo.
Por Ronaldo Ribeiro
Jornal Publi Cidade